segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Educomunicador Estimula a Circulação da Informação



Nas escolas municipais, projeto já permite que alunos criem suas mídias. COLABORAÇÃO PARA A FOLHA SP - matéria públicada no Guia das Profissões do ultimo domingo  19/09/2010

Você já ouviu falar em um educomunicador? Se a resposta é "não", fique tranquilo. O profissional ainda é desconhecido também pelas empresas. O educomunicador é o responsável pela gestão de projetos que unem comunicação e educação. Ele pode trabalhar em escolas, no terceiro setor, em empresas de mídia e com pesquisa.

Na TV USP, o programa "Quarto Mundo" é um exemplo de projeto educomunicativo, em que estudantes do ensino médio e profissionais de comunicação atuam juntos. Os alunos fazem desde a pauta até a edição do programa de TV. "A comunicação passa a ser um elemento de todo mundo, ela dá voz ao aluno e ao educador", diz Carlos Alberto Mendes. Ele preside o comitê que implementa uma lei municipal que institui a educomunicação nas escolas públicas de São Paulo.

A partir da lei, foi criado o programa Educomunicação pelas Ondas do Rádio, que estimula a produção de programas de rádio e TV, blogs e jornais comunitários, entre outras formas de mídia, nas escolas municipais.

Para João Alegria, 46, gerente de programação, jornalismo e engenharia do Canal Futura, o fato de o mercado de atuação do educomunicador estar em construção não é um empecilho para a formação dos novos profissionais também nas empresas.
Ana Paula Chinelli, 30, diretora de jornalismo da TV USP, diz que, como esse é um campo novo, é preciso "criar conceitos do zero".

A USP criou o curso de licenciatura na área neste ano e passará a oferecer vagas já para 2011. "O professor de comunicação é uma demanda [nas unidades educacionais]", diz Ismar Soares, coordenador do curso.

Mas a universidade paulista não foi a pioneira. Neste ano, a UFCG (federal de Campina Grande, na Paraíba) iniciou as atividades do curso de bacharelado em educomunicação.

A aluna Ana Caroline Araújo, 19, conta que, por ser um curso recente, existem dificuldades. "Tudo o que é novo sofre preconceito", diz.
(ANA PAULA ANJOS)

FOLHA.com
Ouça entrevista com João Alegria, do Canal Futura
folha.com.br/mm798002
Fonte: Folha de São Paulo

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